8/15/2007

MUITO PRAZER, EU EXISTO...

Muito prazer, eu existo...

Martha Cristina E. Maia
Professora
marthacristinamaia@hotmail.com

 
Subscrevo a música do Xuxa (Sexto Sentido), uma boa dica pra trabalhar a inclusão, que nos diz: "Existem filhos que precisam de mais carinho/de mais cuidados e atenção especial/e essas crianças quando muito bem amadas/só Deus quem sabe o seu potencial.
Seus pais conhecem um segredo do universo/da harmonia na diversificação/Amar alguém dito normal é muito fácil/longe de indiferença e discriminação. Pergunto-me se a indiferença é natural? Pergunto-me em que consiste ser normal? Pergunto-me qual o referencial é porque todo mundo tem que ser igual? Quem de nós é um ser humano exemplar? Quem de nós não tem espelho pra se olhar?
Quem de nós é capaz de atirar a primeira pedra sem se machucar.
Alguns de nós julgam-se mais do que todo mundo/como se fosse escolher pra quem nascer/comparações são vaidosas ou amargas e tudo na vida tem uma razão de ser. Tem gente preconceituosa e arrogante e eu me preocupo com o seu modo de pensar/como se Deus fosse algum ser inconseqüente que faz pessoas só pra olhar. Muito prazer, eu existo".

Lembre-se, querido leitor, que ser amigo é... entender o outro, respeitando seus defeitos e qualidades. É também poder falar com os olhos e saber ouvir com o coração. A palavra
inclusão deve começar pela compreensão do tema, pois existem professores totalmente incapacitados e deficientes com os seus alunos especiais e, muitas vezes, relutando contra a inclusão deles nas escolas.

Neste mês, com a turma do 1º ano da Escola Municipal Ronald Pinheiro Néo Júnior, estou trabalhando o folclore, e especialmente as lendas, e em uma das aulas, explorando bem a figura do Saci, trabalhando o preconceito desde o cachimbo do Saci e a sua deficiência, relato algumas opiniões das crianças com o que aconteceu com o Saci... Uns diziam que ele estava velho e foi acometido por doenças e perdeu a perna; outros afirmavam que Deus tirou a perna dele, porque ele era maldoso e foi castigo de Deus; outros diziam que o
Curupira e a Cuca fizeram a perna dele sumir... Uns diziam que esconderam a perna dele e ele vive pulando procurando por sua perna, uns acreditam que o mesmo nasceu sem a perna. E eu, aproveitando por usar um aparelho ortopédico na perna esquerda, perguntei: Então o que vocês acham que aconteceu com a minha perna? Foi castigo de Deus? Será que sou má? Algum jacaré comeu a minha perna? E de repente um deles respondeu: "Tia, a sua perna é colada com cola quente".

O melhor é na hora da saída, quando vou de moto e outros alunos ficam olhando minha perna e meus alunos defendem e dizem: "O que você tá olhando pra minha professora?" Envio a todos e a todas que fazem a escola Ronald Pinheiro Néo Júnior um abraço e
parabéns pela organização da escola e pelo carinho dos meus alunos com a tia Martha.

"Diferentes são todos aqueles que nos acham diferentes", e digo que a diferença entre o vencedor e o perdedor não é a força e nem o conhecimento, mas, sim, a vontade de vencer... Tudo aquilo em que cremos, nós controlamos. Uma das grandes frases de PASCAL diz: "Para quem deseja ver, haverá sempre luz suficiente, para quem rejeita ver, haverá sempre obscuridade". Desejo a todos um lindo amanhecer, cheio de luz e paz em seus caminhos.



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8/01/2007

Como criar um filho delinqüente

Como criar um filho delinqüente
 

Martha Cristina E. Maia
Professora
marthacristinamaia@hotmail.com

 

 

Relendo um panfleto do Cefet, de 25/04/94, que citava dez regras fáceis de alerta, encontrei: 1- Comece, na infância, a dar a seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando crescer ele vai acreditar que todos têm obrigação de lhe dar tudo o que deseja.
2- Quando falar palavrões, ache graça, isso o fará considerar interessante.
3- Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa, espere até que ele chegue aos 21 anos e "decida por si mesmo".
4- Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas, faça tudo por ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.
5- Discuta com freqüência na presença dele. Assim, não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
6- Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser. Nunca o deixe ganhar seu próprio dinheiro, porque terá ele de passar as mesmas dificuldades que você passou?
7- Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. "Negar pode acarretar frustrações prejudiciais".
8- Tome partido dele contra vizinhos, professores, polícia, pois todos têm má vontade com seu filho.
9- Quando ele se meter em alguma encrenca, dê esta desculpa: nunca consegui dominá-lo.
10- Prepare-se para uma vida de desgosto. É o seu merecido destino.
Será que o meu querido leitor ou pai, professores, quando lê este artigo já se deparou com situações semelhantes com seus filhos ou jovens?
Certa vez uma mãe perguntou a um sábio quando deveria iniciar a educação de seu filho?
- Que idade ele tem? Perguntou o erudito.
- 2 anos
- Ah! Então a senhora já perdeu dois anos na educação do seu filho.
François diz: "Em todas as idades, o exemplo pode muitíssimo conosco, na infância então é onipotente".
John Lock diz: "A influência do exemplo é penetrantíssima na alma".
Por muito tempo, predominava uma orientação para que as famílias desenvolvessem uma rígida disciplina no decorrer da criação dos seus filhos, e atualmente ouvimos aquela velha frase: "Não tenho mais o que fazer com o meu filho". Muitos exageros foram cometidos em nome da disciplina.
Na segunda metade do século XX, disseminou-se uma teoria na base na qual se afirmava que nada deveria cercar a liberdade das crianças, que precisavam ser criadas sem medo, sem tantos limites externos, para que nada bloqueasse o desenvolvimento de sua personalidade. Entre outros fatores, isso contribuiu para o surgimento de crianças sem freio, confusas e inseguras que vivem apenas sob o jugo de sua própria vontade, sem considerar a autoridade da família, Igreja, escola, do país. Tais comportamentos são cada vez mais agravados, hoje vemos o crescimento da violência, com o declínio moral e espiritual.
Abrimos o jornal ou ligamos a TV para assistirmos a relatos brutais de: pais que agridem filhos de várias formas, resultando em traumas físicos e psicológicos; filhos que tramam e tiram a vida de seus pais motivados por interesses financeiros, entre outros. Imagine a grande tarefa de um educador nesse século. Essa é a nossa realidade. "A esperança é um sonho que caminha". (Aristóteles)
Que a semente da educação esteja germinando em sua alma e indique o novo caminho de como educar um filho, espalhe as sementes de um gênio nesse lindo amanhecer, é o meu desejo.



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